Você já parou para pensar no quanto é comum, em nosso dia a dia, assimilarmos um sentimento de culpa diante de um erro?
Dentre as diversas razões que compõem a formação da psique de cada um de nós, enquanto indivíduos, isso também ocorre porque, na estrutura cultural de nossa sociedade, errar ainda é considerado, em muitos contextos, unicamente como uma fonte de julgamento moral e reprimenda – ao invés de um caminho para o aprendizado sobre responsabilidade e entendimento sobre os pontos em que precisamos evoluir.
No entanto, uma cultura de culpabilização e medo, longe de extrair o melhor dos indivíduos, gera efeitos negativos que ganham escala no modelo mental da desculpability: por temer a desaprovação e a falta de apoio do outro para que possamos fortalecer processos de maior autonomia e conscientização; adotamos as desculpas como um mecanismo de fuga que limita nossa capacidade de nos responsabilizamos sobre nosso próprio destino, erros, aprendizados, resultados e conquistas.
Ao mesmo tempo, aquele que se culpabiliza – e tem dificuldades em se responsabilizar –, geralmente tende a reproduzir o comportamento de “apontar o dedo” para as falhas de colegas, líderes ou mesmo para as condições externas. Em um ciclo que se repete, a culpa é sempre do outro ou do ambiente quando nos defrontamos com o insucesso.
E, naturalmente, como empresas são antes de tudo ecossistemas humanos, as mentalidades da culpabilização e do medo se reproduzem com muita facilidade no ambiente corporativo. Quem nunca teve, por exemplo, um líder centralizador, que impunha o medo como uma forma de supostamente conquistar o respeito de suas equipes?
Quem já atuou em cenários semelhantes sabe, no entanto, que a tendência é a desmotivação e a construção de equipes sem autonomia, protagonismo e proatividade – pilares centrais da geração de resultados, da criatividade e da inovação nas empresas.
Mas, mais do que rememorar situações passadas, o que você deve se perguntar é se aqueles ambientes não influenciaram, de algum modo, seu próprio comportamento como líder. Será que você também não lidera pelo medo ou reproduz comportamentos de culpabilização que estão aumentando os níveis das “eternas desculpas” que se refletem em baixos resultados nas suas equipes?
Se estiver enfrentando desafios semelhantes, saiba que há uma via estratégica para vencer esse cenário: a accountability.
Um líder accountable lidera pelo exemplo, não pelo medo
A accountability é uma virtude que permite que qualquer pessoa possa romper com crenças limitantes ligadas ao medo, justamente porque os indivíduos adotam uma mentalidade de dono – tanto de si, quanto dos ambientes/empresas em que atuam e convivem.
Nesse sentido, são indivíduos responsáveis e que entendem o impacto de suas ações, sem que, para isso, precisem entrar numa espiral de culpa – pelo contrário, ser responsável é ter autonomia, ser capaz de aprender com os erros e de conquistar seus objetivos.
Um líder accountable, por sua vez, transmite esses valores para suas equipes através da inspiração, exemplo e de práticas que reforçam a accountability na cultura da empresa. Os benefícios, por sua vez, são os mais variados – da colaboração (ao invés da culpabilização), passando pela transparência, geração de resultados e independência.
Se você quer fortalecer virtudes accountable em sua liderança, conheça os cursos da Accountability Academy e se livre – sem medo – das desculpas, aprendendo a liderar pelo exemplo, pois, como dizia o filósofo alemão, Albert Schweitzer, “dar o exemplo não é a melhor maneira de influenciar os outros. É a única.”