Desde que Alan Turing lançou as bases para a formalização da ciência algorítmica na década de 1930, os avanços da IA foram impressionantes. Hoje, ela está presente em diversos processos do nosso dia a dia: do reconhecimento facial nos smartphones, passando pela Alexa e pelos algoritmos que recomendam filmes, músicas e livros na Netflix, Spotify e Amazon.
O mercado de inteligência artificial é robusto e sustenta avanços significativos em campos como nanotecnologia, medicina, agricultura de precisão, telemetria de automóveis, setor logístico, indústria 4.0 e comunicação e marketing.
De acordo com a Grand View Research, os investimentos em IA alcançaram US$ 196,6 bilhões globalmente em 2023, com uma expansão projetada de 37,3% ao ano até 2030.
Em outras palavras, estamos apenas no início dessa transformação que irá impactar a forma como trabalhamos, nos relacionamos e ampliamos nosso conhecimento.
Como a Accountability pode contribuir para a digitalização corporativa
Para extrair ao máximo os benefícios da IA, é fundamental unir o processo de digitalização a uma perspectiva ética de responsabilização e transparência trazida pela Accountability.
João Cordeiro, sócio-fundador da Accountability Academy e precursor do conceito no Brasil, explica que “a Accountability é uma virtude moral, uma qualidade de caráter que nos faz pensar e agir como donos morais”.
Ela permite que os investimentos em IA busquem explorar o máximo dos ganhos tecnológicos, adaptem as pessoas para trabalhar com excelência e se pautem por princípios éticos e de transparência no uso de dados.
Implementando IA com ética e Accountability
O objetivo central da Accountability é garantir que a digitalização tenha por base uma visão de governança e ética. No ambiente corporativo, essa jornada pode incluir:
1. A criação de comitês para analisar o desenvolvimento de algoritmos.
2. Aprovações prévias de criações generativas, estudando impactos e vieses.
3. Foco contínuo na melhoria dos algoritmos com base em princípios accountable.
4. Incentivo à cultura digital e senso de dono em todas as camadas da empresa.
5. Responsabilização e transparência na tomada de decisões, e muito mais.
Na era da IA, fazer as perguntas certas e contar com bases de dados confiáveis é mais relevante do que saber todas as respostas. Ganharão aqueles que reforçarem seus soft skills, capacidades criativas e virtudes morais, avaliando com responsabilidade as aplicações de IA nas empresas.
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